domingo, 19 de setembro de 2010

o ato de não achar familiar

Ainda consigo estranhar. Estava com um amigo dia desses, discutindo alguma notícia sobre alguns filmes recém lançados. O filme em questão é um lançamento brasileiro inclusive. Eis que, em determinado momento da conversa, surge uma discordância ali... na discussão. E no ato da divergência, eis que o vivente saca uma arma, um iphone desses conectados eternamente (tem opção de desconectar?). Pronto, domingo de sol no gazometro e "google" ali para ele poder me dar a resposta certa e, logo, dar o caso como encerrado. Verdade sempre... eu ainda estranho.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

a luminosidade do cotidiano

amiga: oieeu: daí, td bem??
amiga: tudo bem
fiquei brava com auma mulher que me vendeu sirvete
eu: hehe, o q ela fez?amiga: Queria meio pote do sorvete, aqueles de maquina ela disse que nao podia me servir metade so a porção inteira
eu: e aí??amiga: ai ela parou pensou...
eu disse que queria meio pois estava com dor de garganta
e ela disse não da
tem cabimento....


Não.

sábado, 11 de setembro de 2010

A fotografia, uma produção

o divã soprou-me dia desses
deixar...
a ver
em a ver
para ver
... haver (existir!).

deixe-se.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma importância

Os cachorros... eles não poderiam ser dotados de uma capacidade de atravessar ruas?? Assim, algo como se fosse o faro deles, que vem junto no pacote. Sempre penso isso de uma forma muito convicta.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

E ainda hoje

, e estava lendo uma reportagem sobre a morte do Mestre José Saramago, e eis que ele me diz:
"Escrever é fazer recuar a morte, é dilatar o espaço da vida."

Ja desconfiava..

Sabe, escrever não é fácil... posso postar 140 caracteres aqui também? ãh?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Da escrita

Isso é rascunho, manuscrito. A idéia de criar um espaço virtual como esse, não vem da vontade dele em si, mas desemboca na vontade da escrita, que, de alguma forma, foi uma prática (bastante) constante nos meus últimos anos - seja por motivos acadêmicos, seja para amenizar as amarguras do viver.

Agora, o título desse caderno-blog veio do sono... sonho. Penso que quando falamos "eu ia dizer", isso (o conteúdo) já foi dito, porém o foi em um outro momento, em um outro tempo de 'dizesão': "eu ia dizer (naquela hora) que aquela banana era farinhenta!" (p. exemplo). Ou até mesmo: "ah, eu ia dizer isso também!". E ainda: "eu ia dizer, mas não precisou". Então, é quase que quando usamos "eu ia dizer", isto já foi dito... Porque, até mesmo, quando o "eu ia dizer" entra no diálogo, ele pede o que ia ser dito. Assim, o que vou falar aqui também vai ser dito num momento/tempo diferente do acontecido (concordam?). O que, por sua vez, aumenta as possibilidades de já ter sido dito por algo/alguém anteriormente.
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Inclusive isso que provavelmente está acontecendo aqui, em algum momento pode seguir acontecendo ao longo das escritas do caderno: qie fique um pouco confusa... faz parte. Claro que entendo que a escrita é uma forma de expressão e, por isso, deve promover a comunicação, etc. Mas aqui vou permitir que ela apresente/tenha falhas (alguns sem-sentido), como qualquer outra coisa que se movimenta por aí.
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"A escrita cristaliza as idéias", já dizia Sócrates. E durante muito tempo achei/acho isso. Tive épocas de fazer movimentos (quase radicais) para repensar (criticar) a escrita. É difícil a mim pensar, que para que haja escrita, tenha que haver também um certo nível de docilização dos sentimentos, das fúrias, dos afetos... das idéias. Este componente sempre estará presente (e também importante à vida), por isso a inquietação.
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Agradecimentos aos amigos Júlia, que disse: "então faz o blog agora"; e Danielo, manézinho da ilha, parceiro de devaneios e escritas.
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O que quer dizer (Paulo Leminski)
O que quer dizer diz.
Não fica fazendo
O que, um dia, eu sempre fiz.
Não fica só querendo, querendo,
Coisa que eu nunca quis.
O que quer dizer, diz.
Só se dizendo num outro
O que, um disse, se disse,
Um dia, vai ser feliz.
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Até mais..